Coisas do Catano - Circo Monumental do Coliseu do Porto

Estou cheeeeia de sono mas não fiz a ponta de um corno o dia todo e ainda para mais adormeci umas duas vezes ao longo do dia.

Já lá vão a bem dizer dois meses desde que comecei a trabalhar e raros são os dias em que consigo dormir pelo menos oito horas durante a noite por isso aproveito todos os momentinhos para descansar um bocadinho. Bem, acabando aqui com a conversa da treta, vamos lá ao que interessa.


Na sexta feira passada, a convite da Teresinha (uma amiga e colega de turma, que por acaso tem uma pessoa bastante parecida com ela, nasceu no mesmo dia a tudo, chamada Sara), fui ao Circo Monumental, no Coliseu do Porto. Apesar de ser um espectáculo anual, esta foi a primeira vez que fui.

Depois de um jantar bem animado no Via Catarina, fomos até ao Coliseu, que já estava bastante cheio, o que fez com que o grupo de oito pessoas em que estavamos inseridos ficasse dividido em dois. Eu fiquei com a Teresa, a Sara e a maninha delas, a Mafalda.

Sinto-me na obrigação de fazer uma chamada de atenção para que parte da narrativa não fique à deriva. A Teresa e a Sara tem um fascinio pelo Oriente, mais especificamente pelo Japão.

O espectáculo começa, um senhor a equilibrar-se de forma medonha, uma senhora a beber água de pernas para o ar e tal. As pessoas até bateram palmas, quando chegam os senhores do Circo Nacional da China, a atirarem umas coisas enormes e pesadissimas ao ar ninguem faz nada! Vi lá meia duzia de jeitosos que de certeza que estavam a pensar para eles próprios que se calhar eram capazes de fazer aquilo com uma colher de pau e meia duzia de folhas de papel higiénico. Depois ainda tivemos o prazer de ser presenteados com mais alguns rapazinhos asiáticos fantásticos, a saltarem de forma excepcional e ainda para mais eram super simpáticos, cumprimentavam as pessoas a meio da apresentação e tudo! O que de facto aconteceu foi que estava toda a gente com 'ass-face' a olhar para os rapazes mas não se manifestavam. Na tribuna onde estavamos, a Teresa, eu e a Sara (a ordem pela qual estavamos sentadas) batiamos fervorosamente palmas e soltavamos sons de espanto enquanto a tribuna mais rabeta do espaço (na qual nos incluiamos) estava a morrer! Mas era mesmo a mais ranhosa de todas. Mesmo quando o restante público batia palmas, a 'nossa' tribuna não reagia. Gente exigente...

Eu até estava a gostar bastante do espectáculo quando, no último número, fazem coabitar no mesmo espaço duas das coisas que mais detesto: palhaços ( com os quais já estava a contar, visto ser um espectáculo de circo) e balões.

Os balões até podiam estar lá a vontade, quietinhos, sem ninguém lhes tocar. Isso não me faz confusão nenhuma, o pior é que eu já sabia que eles não iam ficar assim o tempo todo.

A minha reacção imediata foi começar a encolher-me e a tapar os ouvidos. A Teresinha também não gosta de palhaços e acabou por se agarrar a mim para me tentar acalmar, mas não adiantou de nada. Cada balão que rebentava correspondia a um salto e um guinchinho da minha parte. Coisas deprimentes...

Enquanto isto, a Sara quase adormeceu (ela adormece com bastante facilidade e em qualquer lugar, qualquer lugar MESMO!).

O espectáculo acaba e somos obrigados a desocupar as cadeirinhas que sustiveram os nossos belos traseirinhos por umas horas. Cá fora ainda tentamos avistar os magnificos nipónicos que nos maravilharam, mas a procura foi em vão.