Acontecimentos do Catano - Dia de Natal

Em vez de escrever sobre o antes, prefiro fazer uma apanhado final do que se passou, ou melhor, dos pontos mais marcantes dos dois dias do ano em que a população mundial aumenta 5 quilos por unidade.

Depois do jantar da praxe em família, dos encontros fantásticos com pessoas que só vemos nesta altura do ano, foi tempo de desfrutar de um dia mais calmo, sem a azafama da compra dos últimos presentes de Natal, sem as crianças aos berros e a puxar os cabelos para abrir os embrulhos que tanto tempo levaram a esculpir. Como sempre, levantei-me um pouco tarde (devia de ser umas 10:20h, mas para quem se levanta todos os dias ás 7h da manhã já é muito tarde), petisquei umas coisitas que haviam em cima da mesa e tal e mal dei por isso já eram horas de almoço. Depois da refeição fui para casa da minha avó (que por acaso é minha visinha do lado). Por entre umas conversas, risos e algumas histórias iamos comendo o que havia mais à mão (e ao cotovelo, ao joelho e por aí, sim, porque nestes dias come-se por todo o lado). A uma dada altura, estava eu para iniciar a degustação de uma fatia de bolo quando o meu avó começa a berrar. Eu paro e apercebo-me que estava a falar para mim.

-Então vais comer isso assim? Com a mão? Ó Maria, chega aí uma garfo para a miúda.

-Ó avô, não é preciso, eu como assim.

-Comes assim não. Chega um garfo. (em voz baixa) Olha-me a filha da mãe... Se não tivesse garfos queria garfos, se tem come com as mãos. Mas que c***alho, pu** que pariu. estou com uma dor nas costas. Vou é já para a cama daqui a um bocado. É só macacos na televisão, nem dá nada de jeito.

Eu fiquei cheia de medo que o homem me fosse bater. Não sabia se havia de rir se chorar. Limitei-me a comer o bolo e tentar não ouvir o que ele ia mumurando.

(O Natal foi bom?? =P)