Coisas do Catano - What grinds my gears

Eu sei que o título parece uma coisa saida de um certo episódio de Family Guy, e também sei que já não escrevia aqui há imenso tempo, mas tanto uma coisa como outra tem uma explicação plausível. Vamos começar pela mais simples.

Todo o universo sabe, ou deveria saber, que eu estudo na FLUP, e como qualquer normal aluno de ensino superior, nas últimas semanas estive sujeita a intensos momentos de avaliação para os quais estudei muito pouco. Não por falta de tempo, não por valta de vontade, mas porque sofro de uma espécie de sindrome, por mim denominado por Preguicite Aguda. Apesar de ter sido atingida por tal maleita, sofro de outra enfermidade, igualmente pontual, cujos sintomas se manifestam pela captação fácil de tudo e mais alguma coisa, por mais distraida que possa estar. Foi esse segundo achaque que permitiu que eu passasse a todas as cadeiras em época normal e terminasse o meu primeiro ano com uns modestos quinze valores de média.

Para a explicação do título aviso desde já que vou enveredar por caminhos pouco interessantes, de certo modo idiotas, que poderão levar a momentos de tédio extremos, por isso aviso desde já os mais fracos para desistirem da progressão da leitura.

Ainda podem desistir... 

Eu avisei. Isto daqui em diante vai-se tornar mesmo muito mau.

Vocês é que sabem.

Aqui vai...

Irritam-me pessoas que querem levar a sua avante, mesmo sabendo que serão os únicos a beneficiar com o assunto. Irritam-me! À custa desse assunto, há umas semanas, cometi um "suicídio altruista", segundo Émile Durkheim. Detesto ter que chegar a tal ponto para que quem é realmente importante faça ouvir a sua voz. Há pessoas incrivelmente egoístas, que apenas cedem perante atitudes drásticas, e aquela situação exigiu um suicídio moral para que realmente se centrassem em quem merecia e valia realmente a pena.

Irritam-me pessoas que criticam sem fundamento, irrita-me que me usem, irrita-me que não me peçam desculpa, sabendo eu que o outro lado reconhece que perdeu a razão. Irritam-me pessoas que perdem a noção das coisas de um momento para o outro. Irritam-me pessoas que acham que o que os outros fazem é simples, mas que nunca na vida teriam tomates para arriscar fazer algo semelhante. A palavra cobarde não é a mais correcta, mas é uma das que mais se adequa a esse género de seres. Foi por alguma destas razões anteriormente mencionadas que me afastei, não desisti completamente, do Para Lá das 5. Incomodam-me uma, duas, três, quatro vezes, e eu ignoro. Continuam com o assunto e pimbas. A Inês comete novamente um suicídio moral altruista. Mais uma vez com resultados à vista. Quem quiser que entenda. ;)

Irritam-me ainda pessoas que exprimem opiniões e acham que aquilo que pensam/consideram é algo supremo, inalteravel e deveria ser promovido a verdade universal. Se alguém gosta de um filme, de um interprete, de um jogo, de um chef, de um actor porno, de uma marca de tampões, de um tira-nódoas muito porreiro, não quer dizer que eu também tenha que gostar e partilhar da mesma opinião, mas se o exprimo, por muito delicada que seja, quase que me apedrejam em praça pública e me ateam fogo como se tivesse cometido algum tipo de bruxaria. Pessoas com cabeça tem opiniões formadas, por si mesmas, e não apenas resultado de uma copia exacta de algo que leram numa revista, só para parecer bem. Admiro pessoas independentes, que sabem pensar e apresentar uma linha de raciocínio coerente e plausível quando me apresentam um argumento acerca de algo, e não recorrem a um "porque sim" para marcar os seus pontos de vista. Se eu não concordar, contra-argumento até achar que a pessoa me convenceu de que é exactamente aquilo que considera. Lógico que a minha posição se permanecerá inalterada, mas farei por ver as coisas de diferentes perspectivas.

No final disto tudo, os senhores do Blogger "despedem-me" porque descobriram que o meu cão e o meu filho de um ano e meio, completamente alcoolizados, foram contra uma montra da Google. Ou talvez isto seja Family Guy a mais...